do excesso (II)
Quem diria que eu, logo eu, fugiria de polémicas, de discussões inconsequentes (costumavam ser educativas e divertidas, actualmente são só, na sua maioria, parvas), de picardias?
Mas não suporto as "verdades" de hoje em dia. As certezas de que quem não está connosco está contra nós, a certeza de que quem tem uma opinião diferente está obviamente errado, a facilidade com que se parte para o insulto gratuito.
Sabem a necessidade que temos de às vezes, numa conversa/discussão, dizer "eu não concordo contigo mas respeito a tua opinião"? É frase que digo e que me deprime. Chegar a 2017 e precisar reforçar que todos temos direito à nossa própria opinião, mesmo que ela seja parva é coisa para me deixar deprimidíssima. Respeitar a opinião dos outros é a base da democracia, porque carga de água é que temos que estar sempre a repeti-lo?