Com linguagem imprópria para gente sensível (zinha).
Há quem fique muito surpreendido quando me ouve a dizer palavrões mas isso é só porque não me conhece realmente bem. Na verdade sou um género de "camionista mental" que manda muita gente à merda (ou para outros sítios igualmente simpáticos) em pensamento e que, de uma forma mais ou menos silenciosa, usa muito expressão "puta que pariu". Se estou irritada, mas num dia bom, sai-me (ou penso) às vezes um "era dar-lhe com um gato morto nas trombas até o desgraçado miar" (o gato, não a pessoa, obviamente, que o género de pessoa a quem digo isto não fala gatês). Deixei de usar a expressão "era marrar de frente com um comboio" porque comecei a sentir-me culpada pela violência da imagem e porque geralmente a usava em estados emocionais em que era muito complicado explicar a alguém a diferença entre ser ou não literal sem a insultar mais um bocadinho.
Ora, isto interessa para quê? Nada, claro, excepto que há dias, como hoje, em que o único alívio possível é um sonoro Foda-se (por favor nunca escrevam fodasse, perde toda a credibilidade e sonoridade) ou escrever assim de rajada uma parvoíce qualquer.