Não é, de todo, um post Natalício
A umas horas da consoada tenho sempre vontade de cancelar o Natal.
Natal é família, Natal é partilha, Natal é amor.
O problema é que o Natal já não é como era quando éramos miúdos. A única diferença seremos provavelmente nós mesmos. No Natal, ainda mais que nos outros dias, sinto-me sempre como o Peter Pan, quando cresceu e fico com vontade de me enfiar debaixo de uma manta e simplesmente esperar que passe.
A família está cada vez mais pequena mas é de bom tom ter uma mesa para 20 pessoas mesmo quando somos apenas 7. Por isso e porque trabalhamos até à véspera de Natal acabamos por comprar imensas coisas. E porque quando somos nós a fazer a coisa se torna muito mais difícil. Mas as expectativas estão lá, bem alto.
Mulher que é mulher, faz sonhos, rabanadas, tortas e tartes e ainda usa saltos altos, pinta os olhos e está sempre com um sorriso.
Isto depois de garantir que há um presente para cada pessoa, que os presentes são adequados para cada um, que o gato não destruiu a árvore, que o presépio tem o burro e a vaca, que há música e jogos para ocupar o tempo em que a malta deixa de comer e a hora aceitável de trocar presentes.
Ao mesmo tempo tempo revê mentalmente se há vinho suficiente para hoje e para amanhã, se há comida para todos, se os pratos estão lavados, se há pratos e talheres em número suficiente.
A lista dos ingredientes do pequeno-almoço, do almoço....
merda, esqueci-me das castanhas...
Feliz Natal