Esta cidade não é para fracos... de pernas.
Transportar alguém com mobilidade reduzida é um desafio. Em Lisboa significa não poder usar transportes públicos. O metro, com todas as suas escadas, tantas vezes sem funcionarem e transformado numa selva onde impera a lei do mais rápido, não é para fracos das pernas. Os autocarros com degraus altos são interditos a quem não consegue saltitar. Resta-nos o carro ou os uber/taxi desta vida.
O carro é outro desafio. A logística de ter que deixar alguém à porta de algo, ir estacionar, voltar não é, muitas vezes, uma opção. E não fica barato. A decisão entre táxi e uber é simples tendo em conta que preciso que nos apanhem onde deixo o carro, que estar de pé à espera que passe um táxi não é opção e que andar até uma paragem de táxi pode tornar-se num pesadelo quando temos alguém ao nosso lado cheio de dores.
Optei pelo uber. Funciona lindamente, os condutores são bastante educados e simpáticos (com excepção para o energúmeno que achou uma boa ideia "apreciar" uma outra condutora) mas tem um problema: os condutores não conhecem Lisboa. E os GPS desta vida nem sempre são a melhor opção...
Por mais de uma vez, vi-me a dar indicações antes de ir parar sei lá onde - e quem me conhece, sabe o quão isto é perigoso porque o meu sentido de orientação é...vá, inexistente!
Claro que nem tudo é mau. Um dos últimos condutores que deu a volta a Lisboa para me levar para o destino aproveitou para me contar a sua história de vida - e caraças, que história. Gostei de ouvir e espero que consiga atingir os seus objectivos todos.