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Rabiscos Soltos

#FIquemEmCasa Em tempos de isolamento social um blog pode ser uma janela para mundo. Fiquem em casa. Leiam. Escrevam. Ajudem. Sejam melhores. Sejam maiores. Mas fiquem em casa.

Rabiscos Soltos

#FIquemEmCasa Em tempos de isolamento social um blog pode ser uma janela para mundo. Fiquem em casa. Leiam. Escrevam. Ajudem. Sejam melhores. Sejam maiores. Mas fiquem em casa.

O presente certo

29.07.16, P.

Há pessoas a quem é extremamente difícil oferecer um presente. Pelo menos para mim que gosto de oferecer algo de que a outra pessoa goste e/ou precise. O "precise" para mim significa "algo que lhe dava imenso jeito mas que não vai comprar porque acha supérfulo ou é demasiado caro" e não "toda a gente precisa de meias e cuecas, pelo que isto dá sempre jeito". Se é para ser algo mal pensado então opto por uma planta ou um bonito ramo de flores, coisa de que toda a gente "precisa" e que durante uns dias dá alegria sem se tornar um mono na estante (a não ser que não o joguem fora quando se estragar mas nesse caso eu já não posso fazer nada).

Portanto, para mim, o presente certo é algo que me dá imenso trabalho e na maioria das vezes fico um bocado frustada por não encontrar exactamente aquilo que quero. E quando o consigo (mesmo que depois a cara da pessoa a recebê-lo seja assim para o nhec) fico muito feliz (é o meu estado atual, para dizer a verdade).

Facto 3#

28.07.16, P.

Tive 2 semanas de férias. As duas semanas posteriores ao meu regresso foram tão complicadas que estou a precisar de um mês de férias. E ainda tenho um Verão toooodo pela frente. 

Facto 2#

28.07.16, P.

Uso o blog (ou o Twitter, mais o Twitter pela ilusão de que tal frase vai desaparecer rapidamente) para escrever o que não posso dizer em voz alta sem ofender ninguém ou dar origem a uma discussão que não tenho paciência para aturar. 

É mais pela segunda razão, escuso de vos levar ao engano e levar-vos a pensar que sou boa pessoa

Facto 1#

28.07.16, P.

Nunca serei magra porque quando tenho um problema ou fico de mau humor apetece-me comer chocolate. E eu fico de mau humor muitas vezes. 

o jornalismo atual

22.07.16, P.

Com tudo o que acontece no mundo, esta deve ser a mais "interessante" época para um jornalista. 

Por isso não consigo perceber como é possível que a qualidade da partilha de informação seja tão bera como é. 

Fico sempre fascinada quando vejo jornalistas a dar notícias com base em, por exemplo, o que se diz no Twitter. É certo que o Twitter é, neste momento, o melhor sítio para se saber o que está acontecer mas, ainda assim...

Ver qualquer uma das TV nacionais nestes momentos de crise é estar sempre à beira de um ataque de nervos. É preferível estar com um olho no Twitter, mesmo.

 

Small talk

18.07.16, P.

Falar do tempo, principalmente quando toda a gente adora o calor e basicamente não se passa mais nada a não ser sol e céu azul (aqui entre nós, uma chatice, nada de cumulos, nem de cumulonimbos, tão lindos que são, nem sequer uns míseros cirros) começa a deixar de ser opção, até porque corro o risco de levar um murro se disser a alguém que estou cheia de saudades da chuva.

Acabou o Europeu de Futebol e ainda não começaram as Olímpiadas, pelo que desporto também já não é o tema do momento (a piada de que agora ganhamos tudo e mais um par de botas está a tornar-se gasta, é uma maravilha).

Mas não há problemas, o novo tema para o elevador é, obviamente, a nova loucura internacional: os pokémon go, pois claro. Juro que hoje, primeiro dia de regresso ao trabalho, já ouvi falar mais deste jogo que do tempo. E aposto que por aqui há vários pokémons. Não sei, nunca fui de ir à caça, não é agora que vou começar.

E não, não tenho qualquer problema com o jogo, nem com quem joga, quer jogar esse ou qualquer outro jogo. Eu sou a maluquinha dos livros, não tenho qualquer moral para embirrar com quem gosta de jogar (não falemos de jogos a dinheiro, essa é toooda uma outra conversa). Sou até menina para um dia, só para saber se tenho algum bicho desses em casa e para ter conversa de elevador, instalar o jogo. Devo divertir-me durante 3 dias e depois volto aos livros (maluquinha, já vos disse).

 

 

O mundo gira e avança...

16.07.16, P.

Nos últimos tempos acontecimentos marcantes (felizes e infelizes) têm marcado a ferros a nossa vida. Tanto como esses acontecimentos a mim têm marcado as reações das pessoas que conheço. E começo a quertionar-me: quero mesmo esta pessoa na minha vida?

Sim, eu sou a favor da liberdade de expressão, serei sempre a favor de cada um poder ter a sua própria opinião mesmo que essa opinão seja diferente da minha. Mas isso não significa que consiga continuar a respeitar a pessoa ou que a queira na minha casa ou na minha vida. 

Às vezes, e porque gosto mesmo muito da pessoa em questão, dou-me ao trabalho de tentar argumentar, mostrar-lhe que talvez esteja errada, que há outros pontos de vista qe devem ser levados em consideração. Na maioria das vezes essas minhas tentativas são rejeitadas ou ignoradas. E se é verdade que a amizade nem sempre fica abalada noutras vezes questiono-me se valerá a pena. 

E na maioria das vezes a resposta é: Não. Não vale a pena.

E se socialmente ou profissionalmente terei que fazer o esforço e aturar determinadas pessoas, na minha vida "real", no meu ciclo de confiança, cada vez há menos pessoas. Por outro lado cada vez há mais espaço para aquelas pessoas que admiro, que respeito e com as quais aprendo todos os dias e com as quais gosto de partilhar ideias, silêncios e momentos.

Em dia de futebol...

10.07.16, P.

o resto que se lixe. Mesmo que o resto seja, tal como se busca no futebol, um título europeu. A Sara Moreira é campeã europeia da Meia-Maratona mas que importa isso? nada. Nada é comparado com a importância da idumentária dos jogadores da seleção no seu passeio matinal ou com o que pensa um familiar distante de um jogador da seleção francesa (e quase que aposto como o dito jogador não faz ideia de quem são aquelas pessoas). Talvez o feito da Sara e da Jéssica (ouro e bronze, respectivamente) tenha passado depois, não sei, desisti da TV depois de 40 minutos de encher chouriços no jornal da SIC. E achei triste. Não surpreendente. Apenas triste e típico de um país que depositou todas as suas esperanças (nunca ouvi falar tanto de fé, como hoje) num jogo de 11 contra 11 e uma boa bola redonda.