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Rabiscos Soltos

#FIquemEmCasa Em tempos de isolamento social um blog pode ser uma janela para mundo. Fiquem em casa. Leiam. Escrevam. Ajudem. Sejam melhores. Sejam maiores. Mas fiquem em casa.

Rabiscos Soltos

#FIquemEmCasa Em tempos de isolamento social um blog pode ser uma janela para mundo. Fiquem em casa. Leiam. Escrevam. Ajudem. Sejam melhores. Sejam maiores. Mas fiquem em casa.

Passar ao lado do Natal #2

14.12.15, P.

Não gostam do Natal e acham que os miúdos se tornam umas pestes nesta altura do ano?

Querem educar os vossos filhos a detestar o Natal?

Força, são vocês os responsáveis pela sua educação. Não cedam à chantagenzinha das pequenas criaturas e expliquem-lhes que na vossa casa não se comemora o Natal... Depois do choque inicial, tenho para mim que não vão ficar traumatizados. Aliás, até sou capaz de arriscar e dizer que umas negas só fazem com que essas crianças cresçam e se tornem gente de bem, com capacidade para ultrapassar obstáculos.

 

A educação dos vossos filhos é da vossa responsabilidade, não culpem os outros por algo que vocês alimentam...

 

Passar ao lado do Natal #1

14.12.15, P.

(se os conselhos fossem bons a malta vendia-os... como tanta gente faz)

 

O Natal não é só quando um Homem quiser. O Natal é O que o Homem quiser. Se não querem ser hipócritas e não querem oferecer um presente à tia-avó de quem nem sequer sabem o nome então … não ofereçam. Posso estar a dar-vos a maior novidade do mundo mas vocês são responsáveis pelas vossas ações.

 

Ofereçam-se para ficar a trabalhar no dia 24 e no dia 25 (e ainda ganham a dobrar, não têm que aturar a família  - coisa que aparentemente custa a imensa gente).Não tirem férias nessa altura - assim como assim é tudo mais caro, aproveitem a época baixa (ah mas as férias dos miúdos... caríssimos, os miúdos têm férias agora, no carnaval, na Páscoa e no verão. vocês têm 22 dias úteis de férias. a sério que as férias dos putos são a vossa desculpa?)

 

Se não querem reunir-se com a família não o façam. Se não querem oferecer presentes não ofereçam (e vão ver que mais diz menos dia deixam também de os receber).

 

Live and let live - não estraguem o Natal de quem gosta da época.

Já doou sangue hoje?

10.12.15, P.

Eu já. E não me custou absolutamente nada. 

Sou doadora desde os 18 de uma forma mais ou menos regular (houve anos em que só pude fazer uma dádiva mas geralmente faço 2 dádivas por ano) e só vejo vantagens neste acto:

 

Ajuda os outros (e ajudar-me-á a mim e aos meus em caso de necessidade)

Faz bem ao coração

Faz bem à alma (ajudar os outros faz sempre bem à alma)

Tenho sempre as análises atualizadas, incluindo aqueles testes malucos todos (se tudo estiver bem vou receber uma mensagem nos próximos dias com essa informação. 

 

E tenho a desculpa perfeita para não fazer nenhum hoje. Calma, trabalho na mesma, que o meu trabalho não implica esforço físico. Mas não preciso ir ao ginásio, aliás, não posso ir ao ginásio. Hoje é mesmo por ordem médica.

Depois de ontem ter levado um raspanete por ter desertado do ginásio, esta é a desculpa perfeita para (ainda) hoje não pôr lá os pés...

 

Já doou sangue hoje (ou vá, nos últimos 4 meses)?

lembram-se dos "cúmulos"?

09.12.15, P.

O cúmulo da vergonha é levar um raspanete porque não vou ao ginásio. Da menina do ginásio. Por telefone. 

 

(vou ali enforcar-me num pé de coentros e já volto, sim?)

 

Bem-vindos ao inverno

09.12.15, P.

Quando saí de casa era ainda noite cerrada. O meu marido ainda saiu mais cedo. Mas quando abri e janela e vi estrelas fiquei completamente deprimida. E olhem que eu adoro o Inverno. 

Até o meu gato ficou sem perceber porque é que naquela casa toda a gente se levantou tão cedo e nem teve acção para se mexer... ficou a fazer de cão de loiça em cima da mesa de cabeceira o tempo todo (acho mesmo que se deixou dormir naquela posição).

Agora só falta chegar o frio e a chuva para que nos possamos sentir em pleno inverno...

Boys will be boys

07.12.15, P.

Os meus sobrinhos sempre gostaram de ir passar alguns fins de semana à minha casa (ou melhor, na casa da minha mãe). Quando eram pequenos habituei-os a jogos de tabuleiro. O que os putos gostavam das noites a jogar monopólio ou pictonary (para minha infelicidade ninguém da família gosta de jogar cartas e assim continuo cheia de saudades de jogar um king a sério)… e pronto, eu também. Depois eles cresceram e os fins de semana lá em casa passaram a ser na companhia dos computadores. Criaram uma LAN e juntavam-se 4 ou 5 marmanjos na jogatina. Há que referir que espaço é o que não falta e o “salão de jogos” disponível para os meninos é maior que o meu T2, tem para aí uns 100 m2 e por lá podem fazer (quase) tudo o que quiserem sem incomodar ninguém. A verdade é que agora já são homens e os fins de semana por lá são cada vez menos: as namoradas, a escola e o trabalho interferem na nossa vida familiar.

Este fim de semana voltámos a estar juntos por lá (e mamãe é uma querida e fez um bolo para a malta despachar) e confesso a minha felicidade quando um dos putos sugeriu um jogo de monopólio. Sorri e pensei “ah, afinal ainda são os meus miúdos” e disse “Tem mais é juizinho que já é quase uma da manhã e eu estou KO, não vou começar um jogo de monopólio a esta hora”. Neste fim de semana os computadores ficaram fechados e a brincadeira foi mais manual… Apareceu por lá uma mesa de matraquilhos e nós, os cotas, estivemos a recordar as tardes dos anos noventa. Já os putos (força bruta, só vos digo) descobriram que há jogos nos quais eles ainda não são melhores que nós e que se passam umas ótimas horas a jogar matrecos…

Ser do contra é giro

04.12.15, P.

O problema é quando, para ser do contra, somos capazes de nos convencer de coisas nas quais não acreditamos, defender coisas nas quais não acreditamos e acabamos por nos transformar em pessoas de quem não gostamos.

 

Até diria que todos vimos muito nos últimos tempos mas tenho a certeza que a maioria se recusou a ver. E infelizmente ainda teremos alguns meses disto pela frente. Tenho para mim que quando finalmente se passar a tempestade e chegar à bonanza já deixei de saber falar.

 

(Por outro lado é um óptimo exercício de auto-controlo. Claro que há dias em que falho o objectivo de silêncio de uma forma estrondosa mas hei-de lá chegar).

O tempo pergunta ao tempo, quanto tempo o tempo tem…

02.12.15, P.

Ora vamos lá ter uma conversinha de pé de orelha: ninguém gosta de esperar por ninguém, pois não? Então comecem a cumprir horários. Todos são importantes. Os seus e os dos outros. Isto implica ter o mesmo respeito pelos horários dos outros que quer que tenham pelos seus.

Se se atrasa, avise e peça desculpa. Chegue a horas ao trabalho e saia a horas do trabalho – o que geralmente implica chegar a horas à sua vida privada, à sua família.

Se a reunião é para começar às 09h, chegue às 08h50, só assim é possível que a reunião comece às 09h. Os beijinhos e o café não são o primeiro ponto da agenda, pois não?

 

Eu não uso relógio. Mas é raro chegar atrasada (aqueles dias em que Lisboa pára, não contam, ok?) e tenho o cuidado de sair de casa mais cedo nos dias em que há uma probabilidade maior de haver problemas (há previsões de chuva? Saio 15 minutos mais cedo). Odeio atrasar-me. Mas também gosto de cumprir horas de saída apesar de muitos dias ir ficando mais um bocadinho. Mas se e quando quero.

Claro que há dias em que, porque há um problema qualquer fico mais horas no trabalho. Há dias em que a minha chefe me telefona e me pede que vá trabalhar, há dias em que o horário de trabalho muda e até faço horas extraordinárias noite fora. Mas essa é uma situação EXTRAORDINÁRIA. Ponham na vossa cabeça que todos os horários são para cumprir: entrada e saída.

 

Esta mania de que é aceitável chegar às 08h15 a um compromisso que está marcado para as 08h é absolutamente estúpido, seja na vida profissional como na vida pessoal.

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