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Rabiscos Soltos

#FIquemEmCasa Em tempos de isolamento social um blog pode ser uma janela para mundo. Fiquem em casa. Leiam. Escrevam. Ajudem. Sejam melhores. Sejam maiores. Mas fiquem em casa.

Rabiscos Soltos

#FIquemEmCasa Em tempos de isolamento social um blog pode ser uma janela para mundo. Fiquem em casa. Leiam. Escrevam. Ajudem. Sejam melhores. Sejam maiores. Mas fiquem em casa.

nota mental

28.07.15, P.

Patrícia Maria (o Maria é bem mais interessante que o meu verdadeiro segundo nome), prometes-te a ti própria que blog novo implicava deixar determinadas cenas fora daqui. Temas antigos e repetidos, repisados e estagnados estão off-limits, ok?

 

yep, é isso. até já.

Relações

26.07.15, P.

Definitivamente tornei-me no "humano" do meu gato. Raramente estou sozinha. Neste preciso momento está atrás do computador à minha espera e já veio (como vem sempre) dar-me a "turra" da praxe. Fidelidade felina. Adoro.

 

Tenho para mim que sou um caso clínico

24.07.15, P.

Vivemos agarrados à internet, consumimos opiniões, notícias, imagens à velocidade máxima. As notícias, as polémicas, as palavras desaparecem numa questão de segundos. E se por um lado nada tem realmente importância - eu certamente não sou o centro do mundo e estou desconfiada que vocês também não - por outro lado um desabafo, uma palavra fora de tom, uma fotografia mal tirada, uma opinião contra-corrente pode condicionar e deixar uma marca permanente. Ao mesmo tempo nada tem importância e tudo atinge uma importância desmedida. Cada vez mais vivemos para os outros e menos para nós. Cada vez mais precisamos da aprovação dos nossos e cada vez mais nos convencemos que o nosso grupo fechado e limitado tem todas as respostas. Expomo-nos de uma maneira aberrante. Expomo-nos de uma maneira estúpida. E a mim parece-me sempre que há quem não tenha noção disso.

"Levas o facebook demasiado a sério" - esta é uma frase que oiço regularmente. E é verdade. Levo-o a sério porque o vejo como uma ferramenta de comunicação espantosa. E perigosa. Ponho muito pouca coisa no meu facebook. Mas a verdade é que, onde quer que eu vá, todos conhecem o meu gato. "há muito tempo que não pões fotos do teu gato", "só pões fotos do teu gato", "o teu gato é lindo". Questiono-me o que dizem às pessoas que passam a vida a pôr fotos suas com pernas e mamas à vista.... Incomoda-me que algumas pessoas achem que me conhecem, que conhecem a minha vida, só porque têm acesso ao meu facebook. Incomoda-me que outras pessoas ponham fotos minhas (mesmo que completamente inocentes e em grupo) num mural que nem sequer é o meu. Incomoda-me que me identifiquem e incomoda-me que não o façam. Ok, sou um bocado paranoica com o facebook, admito.

E no entanto tenho 2 blogs. Sou um caso perdido de incoerência. Mas em minha defesa digo-vos que o blog dos livros é mais ou menos inofensivo (ainda assim, raramente qualquer post que lá escrevo acaba no facebook e em 90% dos casos em que isso acontece não eu que faço essa ligação) e ainda assim é desconhecido da maioria das pessoas que conheço pessoalmente (e convenhamos que quem gosta de livros por norma não me assusta). E este blog quando começa a ser mais conhecido muda estrategicamente de plataforma, nome, etc. E tem um email associado diferente do outro ou do facebook. E em caso de "perigo" auto destrói-se em 5 segundos. 

Começo a acreditar que sou um caso clínico...

Foram mesmo quantas?

23.07.15, P.

Maratona de aprovação de leis. Parece que foi isso que se passou ontem. Resume-se num dia de trabalho o que deveria ter sido feito em 4 meses (?) ou mesmo 4 anos. Arranja-se uma polémica e aprova-se as leis que se quer. Na verdade ninguém (desconfio que nem quem lá esteve) deve saber muito bem o que foi aprovado ontem. Até (mais) uma privatização foi na leva. Mas o que do dia de ontem fica foi a discussão sobre a lei do aborto. E como tudo é política (daqui a uns meses deixa de ser tão política, todos o sabemos) andamos todos muito preocupados com taxas moderadores e consultas de aconselhamento. 

Quanto às taxas moderadoras, vamos lá ter um bocadinho de vergonha e deixarmo-nos de hipocrisias: quem faz um aborto tem tanto dever de as pagar como qualquer outro. O ideial seria qualquer procedimento clínico ser livre de impostos, taxas e taxinhas, mas não vivemos num mundo perfeito portanto deixem-se de merdas. E deixem-se lá de hipocrisias com as consultas: o direito de abortar foi conquistado, ninguém é obrigado a fazê-lo, há opções e n associações que dão apoio a quem não o quer fazer e tem dúvidas e ainda bem que o há. Mas obrigar uma mulher que exerceu o seu direito de opção a ter consultas (e a levar com objectores de consciencia) é, no mínimo rídiculo. Principalmente se tivermos em conta que vivemos nm país onde quem tem doenças do foro psicológico tem tanta dificuldade em ser tratado e ajudado. Nem tanto ao mar nem tanto à terra.

 

Mas o que me encanita o espírito é o descaramento com que aqueles senhores aprovaram tantas leis num só dia. Já sei que esta maratona é uma espécie de tradição mas, já lá diz a sabedoria popular : "depressa e bem, há pouco quem".

Opiniões

21.07.15, P.

Porque é que ter uma opinião divergente é como cometer um crime?

Hoje em dia já não é possível ter uma opinão contrária à de alguém sem sermos insultados, crucificados e taxados de atrasados mentais. Principalmente se a nossa opinião é contrária à da maioria das pessoas que conhecemos.

E eu, que gosto tanto de uma boa discussão... Gosto de ouvir opiniões contrárias. Mesmo que nem sempre concorde no imediado (ou de todo, até) gosto de ouvir os argumentos de quem pensa de forma contrária, gosto de pensar sobre isso e tantas vezes mudo ou adapto a minha opinião. Mas o grande problema é mesmo pensar pela minha própria cabeça.  

Tenho mesmo pena, principalmente quando vejo pessoas de que gosto serem parciais e recusarem-se a perceber ou a aceitar que (loucura, claro) podem não estar 100% certos.

 

férias e folgas

17.07.15, P.

Tinha um dia de férias segunda feira.

Era mais ou menos meia noite e dezoito de ontem quando me tive que render às evidências e admitir que tenho que vir trabalhar.

A minha vida é uma miséria.

 

Objector de Consciência

16.07.15, P.

E a idiotice que é estar em guerra permanente com quem partilha o espaço connosco?

Cansa-me, para dizer a verdade.

Por um lado entristece-me. Muito. Por outro, não tenho jeito para isto, tenho tendência a esquecer-me e não consigo ficar de mal com a vida nem regozijar-me com os fracassos dos outros. 

Mas infelizmente não tenho escolha. Dizem que não quando um não quer, dois não dançam. Infelizmente o mesmo acontece quando à Paz saudável. 

 

(e se isto é cansativo no local de trabalho fico sempre surpreendida com quem aguenta isto na vida, num casamento)

ebooks

16.07.15, P.

Assumidamente gosto de ebooks. Já não é novidade para ninguém. 

Mas começa a tornar-se um problema. É demasiado fácil comprar ebooks.30 segundos e o ebook está na minha posse. 

Para mim um ebook e um livro é praticamente a mesma coisa. Dou muito mais valor ao interior que ao exterior e, apesar de adorar o objeto em si, tenho livros em casa mais do suficientes para me sentir feliz. E como os ebooks são mais baratos (apesar de ainda caros, mas isso é outra coisa) sinto-me sempre a comprar livros em promoção. 

Será que há por aí um grupo chamado EA - ebookers anónimos ou coisa que o valha? 

Birras

14.07.15, P.

Deixem-me abrir já as hostilidades: tenho 36 anos e ainda faço birras.

Quando estou em estado de cansaço extremo (e tem acontecido tantas vezes nos últimos tempos) só me apetece fazer birra, bater o pé, reclamar que não me dão atenção. E choro. Gosto de chorar, fico de alma lavada. Mas reservo o meu direito de fazer birra para o tempo em que estou em casa, o meu marido lá tem que me aturar (diz que no contrato de casamento havia uma alínea que me reservava esse direito) . 

Embirro com gente adulta a fazer birra no local de trabalho. Especialmente quando as birras se parecem demasiado com maldade, com a vontade de lixar os outros, com a ilusão de que rebaixando os outros se elevam a si próprios.

É que eu tenho 36 anos e ainda faço birras mas não sou má para ninguém (por azar de alguns, também não deixo que as suas birras me lixem, os 36 já me deram algum calo).